Os avanços da IA tem permitido uma série de conquistas em diversas áreas do conhecimento. Nos últimos anos, a tecnologia vem ganhando espaço na defesa do meio ambiente. Um estudo da Microsoft e da PwC, realizado em 2019, mostrou que o uso responsável de IA pode levar a uma queda de 4% (2,4 giga toneladas) nas emissões mundiais de gases de efeito estufa (GEE) até 2030.
A ferramenta já é usada para otimizar o consumo de energia industrial e residencial e, assim, reduzir as pegadas de carbono.
O Google é um dos melhores exemplos dessa aplicação. A tecnologia de aprendizado de máquina desenvolvida pela DeepMind em conjunto com algoritmos de otimização conseguiu melhorar em 35% o uso de energia nos data centers da empresa.
A IA está envolvida em processos para redução do desperdício de energia em ciclos verdes como a energia solar, eólica e hídrica; além de economizar água em áreas residenciais, industriais e agrícolas. Na agricultura, os algoritmos são usados de forma preditiva no planejamento de terras agrícolas, monitorando a saúde de safras e rebanhos.
Salo Sciences, que desenvolve soluções para mudanças climáticas e perda de biodiversidade, fez parceria com Vibrant Planet e Planet Labs para construir uma plataforma que mapeie o comportamento de incêndios florestais na Califórnia. O sistema CFO (California Forest Observatory) apresenta uma visão da estrutura da floresta combinando as informações sobre vento e clima, umidade do solo e da vegetação, população e infraestrutura. Assim, captura os fatores complexos de risco de incêndio florestal. No futuro, o CFO será integrado a modelos contemporâneos de incêndios florestais para fornecer um mapa dinâmico e em tempo real das ameaças.
Por isso, o site Fórum Econômico Mundial (WEF, na sigla em inglês) traz 4 dicas de como usar IA de forma ambientalmente responsável.
1. Selecione o caso de uso adequado
Opte pela tecnologia, certificando-se de que este tipo de inteligência resultará em ganhos de fato. "Nem todas as otimizações levam a reduções significativas nas pegadas de carbono", lê-se no documento do WEF.
2. Escolha o algoritmo correto
Certifique-se de que o algoritmo escolhido é o mais indicado para a situação em análise. "O processo de treinamento de um algoritmo afeta muito o nível de consumo de energia", informa o relatório do Fórum Econômico Mundial. Se, por exemplo, você tem um algoritmo que traduz da linguagem A para a B, esteja certo de que se trata do programa que exige menos tempo de treinamento.
3. Preveja e monitore o impacto da pegada de carbono
Trate a sustentabilidade como um indicador chave de sucesso em qualquer projeto baseado em IA. Os implementadores da tecnologia devem compreender os efeitos coletivos da otimização do processo na sustentabilidade.
4. Compense a pegada com o uso de energia renovável
Desenvolva projetos que envolvam energias renováveis. O Google faz muito bem isso. Comprometeu-se a abastecer seus data centers com energia renovável e tem sido uma empresa com zero emissões de carbono desde 2017.
Essa matéria faz parte da iniciativa #UmSóPlaneta, união de 19 marcas da Editora Globo, Edições Globo Condé Nast e CBN
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